A nossa relação com as Críticas!
A minha primeira chefe era uma mulher pequena em estatura, mas como manda a tradição, compensava a diferença com caracter. Ensinou-me muito, ao mesmo tempo que eu a detestava. Para terem um retrato, imaginem uma mulher de um metro e meio a chamar a atenção de uma jovem de vinte anos, com um metro e setenta e sete.
Uma vez, não contive o caracter que eu escondo por detrás da timidez e perguntei-lhe:
- Estou aqui todos os dias, pelo menos oito horas, devo fazer alguma coisa bem, porque é que me chama só para me dizer o que está mal?
- Menina, a empresa paga-te para fazeres bem, e a mim para te corrigir.
Naquele dia odiei-a. Muito.
Mas a passagem do tempo é mágica e tudo clarifica.
Naquela altura não era a minha pessoa preferida, hoje agradeço a sua passagem e presença na minha vida.
Tenho de lhe agradecer a moléstia que tinha de me corrigir, de me mostrar por onde não ir ao mesmo tempo que me deixava descobrir o meu caminho. As pessoas já não se dão ao trabalho de se importar com ninguém, e muito menos perder tempo a orientar alguém. Mais uma vez: MUITO OBRIGADA D. ROSA H.
Imagem do site We Medias.
Nos tempos que correm se podes e queres, compras um curso (que é isso que as pessoas fazem nas universidades, não se iludam). Mestres e mentores são coisa rara e em extinção. Tudo é capitalizado, até o amor.
Vá, nem tudo! Mas as ofertas já são coisa rara!
Se alguém te aponta um erro, aproveita a oportunidade e reflecte sobre o assunto, não ignores.
Conhecermo-nos é uma tarefa que corre melhor se soubermos ouvir, principalmente as críticas (até porque quem aceita críticas tira das mãos do inimigo uma arma).
E quem se conhece melhor, escolhe melhor e é mais feliz.