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Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

Bullying em jeito de desabafo...

ACHO MARAVILHOSO o movimento que se gerou de apoio a este menino, o Keaton, vitima de bullying.

Inclusive, serviu de mote a mais uma conversa caseira acerca do assunto.

Mas existe uma coisa que me incomoda no meio deste barulho todo, que é o ficarmos apenas pelo apoio à vitima. Isso é muito importante, mas faz muito tempo que este assunto pede a gritos mais ação.

Sei exatamente o que me vão responder: "o que é que podemos fazer, se não estamos com eles na escola?" Ouço isto vezes sem conta de cada vez que puxo o assunto.

Pois eu tenho a resposta: EDUCAR.

Não peçam aos vossos filhos para não bater nos amiguinhos batendo-lhes, isso é um excelente começo. O EXEMPLO é tudo no que toca a educação.

Apoiem os vossos filhos quando estão tristes, eles vão aprender a apoiar os outros de forma natural, também.

Nunca digam aos vossos filhos que “o feio é quem lhe chamou feio”, isso é apagar fogo com gasolina. Não resolve. Apenas, ensinem a não acreditar em tudo o que ouve, a não dar importância. Afinal a força do agressor é o medo da vitima, se a vitima souber ignorar vai deixar de ser interessante para o agressor.

Identifiquem os agressores e falem na escola. E não é falar com as professoras para que elas os castiguem e sim para que fiquem atentas e tentem entender o que se passa e atuem de acordo. Muitas das vezes o agressor é apenas mais vitima de maus exemplos parentais, sem bons exemplos em quem se refletir para aprender. Se puderem sejam esse exemplo.

Como sociedade, acho que pensar em EDUCAÇÃO PARA PAIS é uma ideia maravilhosa. Pensem no negócio que isso pode gerar? Quando se fala em dinheiro, normalmente, alguém presta atenção, não é? Se andarem um pouco pela net ou pelas livrarias, veem que já existe muito negócio no facto de ensinar os pais a sê-lo, é só calibrar a coisa de forma a que as pessoas percebam que ser pai, não é ser o causador de frustrações permanente na criança, mas também não é ser apenas o “pai natal” da família.

E como sociedade é preciso acabar com o velho jogo do empurra: a professora que acusa os pais da má educação, os pais que acusam as professoras de falta de interesse nos alunos. Esse joguinho só serve para limpar consciências pesadas. Parem de tentar encontrar culpados para desculparem a vossa inação, e juntem-se em busca de soluções.

Aproximar as escolas das famílias é essencial. Atualmente as escolas estão mais para depósitos que para lugares com uma missão social nobre e as famílias só existem nos formulários da segurança social porque na prática é apenas um bando de gente que se vê entre gritos aí fim e inicio do dia. Mudar é complicado sozinhos ainda mais, então juntem-se. E como a escola é um lugar comum a várias casas, parece-me evidente que começar por aí é um bom começo. Façam mais mercadinhos de natal, coloquem os pais a servir nas barraquinhas e a conversar uns com os outros, façam mais marchas e festinhas, façam workshops. Gera emprego e principalmente gera encontros. Desses encontros pode sair magia na educação das futuras gerações.

Tendemos a pensar que crianças agressivas são um problema isolado que apenas é responsabilidade dos pais. Mas, eu não concordo. Uma criança agressiva, pode deixar sequelas graves na vida emocional daqueles que com ela convivem, e isso mais tarde ou mais cedo pode afetar a todos.

Hoje é um palavrão, um insulto que fere os sentimentos ainda em amadurecimento dos nossos filhos, amanhã é uma agressão à esposa ou um ataque terrorista. E esse ataque pode não ser gerado pela criança agressiva e sim pela que foi vitima e nunca pode recuperar a autoestima, porque frases do género “tens de ser forte” nunca foram acompanhadas de abraços e muito de explicações de “como ser forte nesta situação”.

Eu sei, estamos todos muito cansados, mas se não fizermos um esforço agora, vamos lamentar mais tarde. Quem escolheu ser pai, tem de saber, que tem de doar tempo a entender os seus filhos e a explicar-lhes como é a vida.

Se dermos o nosso exemplo, eles vão perpetuá-lo, tenho a certeza. Na educação, temos de estar mais vigilantes dos nossos comportamentos do que propriamente dos comportamentos dos nossos filhos. Não acreditam em mim?

Peguem numa criança com 2 anitos e observem. Observem bem a pessoa com quem ela passa mais tempo. E agora? O que é que vos chamou a atenção?

Isso. A pequena é igual ao adulto, na forma como se comporta, nos tiques, etc… (Cuidado crianças demasiadamente expostas à TV, vão repetir o que assistem, claro!).

As soluções andam aí, é uma questão de focarmos, em vez de perdermos tempo na busca constante de culpados que é como dizer “busca constante de desculpas para não fazer nada”.

Se cada um educar os seus para o respeito ao outro, os casos de bullying vão diminuir bastante. Se nos juntarmos para a construção de um mundo mais cooperativo, eu acho que os casos de bullying vão passar a ser pontuais.

E crianças menos atentas ao aspeto e mais interessadas em doar o seu melhor para a construção de um bem comum, crianças que entendam que têm o seu lugar no mundo pelas suas aptidões naturais e não porque têm o brinquedo “y” ou as medidas “x”, com certeza vão ser crianças arquitetas de um mundo melhor.

REFLICTAM-NO, por favor.

Apoiar é bom, mas é preciso mais um bocadinho. Se o modus operandi aplicado até hoje ainda não funcionou, é porque precisa de um upgrade. O Exemplo, é o upgrade educacional que na minha opinião precisa ser realmente desenvolvido.

 

(PS: vejam o caso da solidariedade, onde todos achamos que basta colocar a moedinha e a nossa missão cumpriu-se. Depois vemos que afinal o dinheiro foi usado para tudo, menos para o fim que nós pensávamos. Se calhar se em vez de darmos esmolas cegas, começássemos a dar aquele apoio real aos que nos rodeiam, os aproveitadores de serviço teriam a vida menos facilitada e os que realmente precisam seriam realmente ajudados!)

 

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