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Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

Quando o topo da pirâmide reflecte sobre o que será o capitalismo no futuro...

Hoje não escrevo, transcrevo.

 

O Sr. Nick Hanauer, um norte-americano habituado à vida no topo da pirâmide do capitalismo, fez uma reflexão muito interessante. Transcrevo o seu discurso, numa apresentação TED, onde estava como orador:

Imagem do blog Richard Jakubaszko.

capitalismo.jpg

 “Provavelmente não me conhecem, mas eu sou um dos 0.01% sobre quem lêem e ouvem falar, e eu sou em termos razoáveis, um Plutocrata.

 

Esta noite, gostaria de falar directamente a outros Plutocratas, ao meu povo, porque parece que está na hora de termos uma conversa.

 

 

Como a maioria do Plutocratas, eu sou um capitalista orgulhoso e sem remorsos. Eu fundei, co-fundei e financiei mais de 30 empresas em várias áreas da indústria. Fui o primeiro investidor não-familiar da “Amazon.com”, co-fundei uma empresa com o nome “aQuantive” que vendemos à “Microsoft” por 6.4 milhões de dólares. Os meus amigos e eu temos um Banco. Inacreditável, não?

 

Eu conto-vos isto para mostrar que a minha vida é como a da maioria dos plutocratas. Eu tenho uma visão ampla do capitalismo e dos negócios, e fui obscenamente recompensado por isso, com uma vida que a maioria de vocês não pode imaginar: várias casas, iate, avião próprio, etc., etc., etc…

 

Mas sejamos honestos, eu não sou a pessoa mais esperta da Terra. Com certeza não sou a mais esforçada. Eu era um aluno medíocre. Não sei ser técnico. Não sei escrever uma linha de código (referência à área tecnológica em que investe). De facto, o meu sucesso é o produto de uma sorte espectacular: de nascença, de circunstância e de momento.

 

 

Mas eu sou realmente Bom em algumas coisas. Uma é que tenho uma tolerância anormalmente alta a correr riscos, e a outra é que tenho um bom sentido, uma boa intuição daquilo que vai ocorrer no futuro. Eu acho que essa intuição sobre o futuro é a essência do bom empreendedorismo.

 

 

Então o que é que eu vejo no nosso futuro, hoje? Perguntam-me.

 

 

Eu vejo “forquilhas”. Do género multidões enfurecidas com tochas e forquilhas.

 

 

Enquanto pessoas como nós, plutocratas, estão a viver para lá dos sonhos da ganância, os outros 99% dos nossos concidadãos estão a ficar cada vez mais para trás.

 

 

Em 1980, o 1% mais rico dos norte-americanos concentrava 8% da riqueza nacional, enquanto os 50% mais pobres concentrava 18%. Trinta anos depois, o 1% mais rico concentra mais de 20% da riqueza nacional, enquanto os 50% mais pobres concentram entre 12 a 13%. Se esse padrão continuar, o 1% vai ter mais de 30% da riqueza nacional nos próximos 30 anos, enquanto 50% dos americanos só vai ter 6%.

 

Entendam, o problema não é que temos desigualdade. Um pouco de desigualdade é necessária para uma democracia capitalista eficiente. O problema é que a desigualdade está a bater recordes hoje em dia. E está a ficar pior de dia para dia. E se a riqueza, o poder e a renda (lucro) continuarem a concentrar-se na pontinha de cima da pirâmide, a nossa sociedade vai passar de uma democracia capitalista para uma sociedade de rendas feudal como na França do séc. XVIII. Essa era, vocês sabem, a França antes da revolução e das multidões com forquilhas.

 

Então eu tenho uma mensagem para os meus companheiros plutocratas e zilionários e para qualquer um que mora numa bolha com portaria:

ACORDEM.

 

Acordem que isso não pode durar. Porque se não fizermos alguma coisa para consertar as gritantes desigualdades económicas da sociedade, as forquilhas vão vir atrás de nós. Pois nenhuma sociedade livre e aberta pode manter esse tipo de desigualdade por muito tempo. Nunca aconteceu. Não existem exemplos. Mostrem-me uma sociedade altamente desigual e eu vou-vos mostrar um Estado Policial ou uma insurreição.

 

 

As forquilhas vão vir atrás de nós se não fizermos nada para corrigir. Não é um “se”, é um “quando”. E vai ser horrível quando eles vierem, para todos, mas particularmente para nós os plutocratas.

 

 

Eu sei que devo estar a parecer um bom samaritano liberal. Mas não sou. Não estou a usar um argumento moral de que a desigualdade económica é errada. O que eu estou a argumentar é que a desigualdade crescente é estúpida (burra) e inevitavelmente autodestrutiva. A desigualdade crescente não só aumenta o risco de “forquilhas”, como é péssima para os negócios.

 

Então o modelo para nós, empresários ricos, deve ser Henry Ford. Quando ele instituiu o famoso “dia 5 dólares” (five dóllares day), que era o dobro do salário predominante na altura, ele não aumentou apenas a produtividade das suas fábricas, ele transformou operários explorados e pobres em uma próspera classe média, que podia comprar os produtos que fabricavam.

 

 

Ford adivinhou o que nós sabemos hoje ser verdade, uma economia é melhor entendida como um ecossistema caracterizada pelos mesmos ciclos de feedback (retorno) encontrados num ecossistema natural. Um ciclo entre os clientes e os negociantes.

 

 

Salários mais altos criam uma maior procura que gera actividade económica e cria emprego, que faz aumentar salários, aumentar os empregos e gera mais lucros. E é exactamente esse virtuoso ciclo de prosperidade crescente, o que falta na recuperação económica actual.

 

 

E é por isso, que temos de deixar para trás as políticas de “migalhas” enraizadas em ambos os partidos e abraçar o que eu chamo de economia de classe média.

 

 

A economia de classe média rejeita o pensamento económico neoclássico, de que as economias são eficientes, lineares e mecânicas e que tendem ao equilíbrio e à justiça.

 

 

No lugar, abraça a ideia de que no séc. XXI as economias são complexas, adaptáveis, ecos sistémicas, de que elas tendem a favor do desequilíbrio e da desigualdade, não são nem um pouco eficientes, mas são eficazes se bem administradas. 

 

 

Essa perspectiva do séc. XXI permite ver claramente que o capitalismo, não funciona centrando recursos disponíveis de forma efectiva. Ele funciona efectivamente criando novas soluções, para os problemas humanos. A genialidade do capitalismo é que ele é um sistema evolucionário de criação de soluções. Ele recompensa as pessoas, por resolver os problemas alheios.

 

A diferença entre uma sociedade pobre e uma rica é claro, é o grau no qual essa sociedade criou soluções na forma de produtos para os seus cidadãos. A soma das soluções que temos na nossa sociedade é nossa prosperidade. Isso explica por que é que empresas como “Google”, “Amazon”, “Microsoft” e “Apple” e os empreendedores que criaram essas empresas contribuíram tanto para a prosperidade da nossa nação. Essa perspectiva do Séc. XXI também deixa claro que o que nós consideramos crescimento económico é melhor entendido como o ritmo a que solucionamos os problemas. Mas esse ritmo depende totalmente de quantos solucionadores, variados e capazes, nós temos e de quantos dos nossos concidadãos participam activamente, tanto como empreendedores que oferecem soluções, quanto como clientes que as consomem.

 

 

Essa maximização da participação não acontece por acidente, não acontece sozinha. Ela requer esforço e investimento. E é por isso que todas as democracias capitalistas altamente prósperas são caracterizadas por investimentos maciços nas classes médias e na infra-estrutura da qual ela depende.

 

 

Nós, os plutocratas temos que deixar essa economia de “migalhas” para trás. Essa ideia de que quanto melhor nós estivermos, melhor vai estar o resto do mundo. Não é verdade. Como é que poderia ser?

Eu ganho mil vezes o salário médio, mas não compro mil vezes mais coisas, não é?

Eu comprei dois pares destas calças, que o meu parceiro Mike chama “calças de gerente”. Eu podia ter comprado dois mil pares destas calças, mas o que é que eu fazia com elas? Quantas vezes, posso ir cortar o cabelo? Quantas vezes, é que eu posso sair para jantar?

 

 

Não importa quanto dinheiro ganhe alguns plutocratas, porque nós nunca vamos conseguir manter uma economia nacional forte. Só uma classe média próspera pode fazer isso.

 

 

Não há nada a fazer, podem dizer os meus amigos capitalistas. Henry Ford é de outra época. Talvez não possamos fazer algumas coisas. Talvez possamos fazer algumas coisas.

 

 

Em 19 de Julho de 2013, a Bloomberg publicou um artigo meu chamado “O argumento do capitalista a favor de um salário mínimo de 15 dólares/hora”. As boas pessoas da revista Forbes, alguns dos meus maiores admiradores chamaram-no “A proposta insana de Nick Hanauer”. E mesmo assim, uns meros 350 dias depois da publicação desse artigo, Ed Murray, o presidente de Seattle aprovou a lei aumentando o salário mínimo na cidade para 15 dólares/hora”. Mais do dobro do valor mínimo do governo federal: 7.25 dólares/hora.

 

Como é que isso aconteceu? Podem perguntar as pessoas sensatas.

Aconteceu, porque alguns de nós se lembrou que a classe média, é a fonte do crescimento e prosperidade nas economias capitalistas.

Nós lembramo-los que quando os trabalhadores têm mais dinheiro, os comércios têm mais fregueses, e precisam de mais empregados.

Nós lembramo-los que quando os empregadores pagam salários dignos, os contribuintes são aliviados do peso de financiar programas de assistência social como vales refeição, assistência médica, assistência de aluguer de que os trabalhadores precisam.

Lembrámo-los que os trabalhadores mal pagos são péssimos contribuintes.

E que quando aumentam o salário mínimo para todos os negócios, todos eles se beneficiam e mesmo assim todos podem competir.

 

 

Agora a reacção ortodoxa é claro, que é a de que aumentar o salário mínimo causa desemprego, certo?

 

 

O seu político está sempre a repetir essa ideia das “migalhas” ao dizer coisas como “bom se aumentarmos o custo do emprego, adivinhe? Temos menos empregos.” Tem a certeza disso? Porque há algumas provas do contrário.

Desde 1980, os salários dos CEO no nosso país (EUA), foram de 30 vezes o salário mínimo para 500 vezes o salário mínimo. Isso é aumentar o custo do emprego.

E mesmo assim, pelo que eu sei, nunca uma empresa terceirizou o trabalho do CEO, o automatizou ou exportou para a China. Na verdade, parece que estamos a empregar mais CEO’s e gerentes séniors que nunca. Assim como especialistas em tecnologia. E em serviços financeiros. Todos ganham várias vezes mais que o salário médio, e mesmo assim empregamo-los cada vez mais. Então claramente é possível aumentar o preço do emprego e ter mais dele.

 

 

Eu sei que a maioria acha que o salário mínimo de 15 dólares/hora é uma experiência económica maluca e arriscada. Nós discordamos.

 

Nós acreditamos que o mínimo de 15 dólares/ hora, em Seattle, é na verdade, a continuação de uma política económica lógica. Ela está a permitir que a nossa cidade, rebente com a sua cidade.

 

 

Porque vejam, o estado de Washington já tem o maior salário mínimo de todos os estados do país. Nós pagamos aos nossos trabalhadores 9.32 dólares/hora, que é quase mais 30% do que o valor federal de 7.25 dólares /hora. Mas é crucialmente mais 427% que o mínimo federal para o regime de gorjetas, que é de 2.13 dólares.

 

 

Se os pensadores “migalhas” estivessem certos, então Washington devia ter um índice de desemprego gigantesco e Seattle já devia ter afundado no mar.

 

 

E mesmo assim, Seattle é a cidade que mais cresce no país. Washington gera empregos em pequenas empresas numa taxa maior do que em qualquer outro estado do país.

 

 

O sector de restaurantes em Seattle, está em crescimento. Porquê?

Porque a lei fundamental do capitalismo é quando os trabalhadores têm mais dinheiro, os comércios têm mais fregueses, geram mais empregos. Quando os restaurantes pagam aos funcionários o suficiente para que eles próprios possam comer em restaurantes, isso não é mau para o sector dos restaurantes. É bom para eles. Apesar do que alguns donos possam dizer.

 

É mais complicado, do que aquilo que eu faço parecer? Claro que sim. Existem várias dinâmicas em jogo.

 

 

Mas será que podemos por favor parar de insistir que se os salários mais baixos aumentarem, o desemprego vai à Lua e a economia vai falir? Não há provas disso.

 

 

A coisa mais traiçoeira da economia da “migalhas”, não é a ideia que se os ricos ficarem mais ricos, todo o mundo sai a ganhar, é a ideia de quem se opõe a qualquer aumento de salário mínimo, porque se os pobres ficarem mais ricos, isso vai ser ruim para a economia. Isso é burrice sem sentido.

 

 

Então será que podemos largar essa retórica, de que os tipos ricos como eu e os meus amigos plutocratas, construíram o nosso país?

 

 

Nós os capitalistas sabemos, mesmo que não gostemos de admitir, que se tivéssemos nascido noutro lugar e não aqui nos E.U.A., poderíamos muito bem ter sido apenas um tipo de pés descalços a vender fruta na beira da estrada.

 

 

Não é que não existam bons empreendedores noutros lugares, mesmo nos lugares paupérrimos, é só que isso é tudo o que a clientela desses empreendedores pode pagar.

 

 

Então aqui vai uma ideia para um novo tipo de economia, um novo tipo de política, que eu chamo de Novo Capitalismo.

 

Vamos reconhecer que o capitalismo é a melhor das alternativas, mas também que quantas mais pessoas incluirmos, tanto como empreendedores quanto como clientes melhor é o resultado.

 

 

Com certeza vamos diminuir os gastos do governo, mas não prejudicando os programas de assistência social, e sim garantindo que os empregados ganham o suficiente para não precisarem deles.

 

 

Vamos investir na classe média, o bastante para tornar a nossa economia mais justa e inclusiva e sendo mais justa e realmente competitiva. Sendo mesmo competitiva, mais capaz de gerar soluções para os problemas humanos que são a verdadeira força motriz do crescimento e da prosperidade.

 

O capitalismo é a melhor tecnologia social já inventada para criar prosperidade e crescimento nas sociedades humanas se for bem administrado. Mas o capitalismo, devido às dinâmicas multiplicativas inerentes, aos sistemas complexos, tende inevitavelmente à desigualdade, à concentração e ao colapso. A função das democracias é a de maximizar a inclusão do povo para gerar prosperidade, e não permitir que uma elite acumule dinheiro.

 

 

O governo realmente cria prosperidade e crescimento, criando as condições que permitem que empreendedores e seus clientes prosperem.

 

 

Equilibrar o poder de plutocratas como eu e trabalhadores não é ruim para o capitalismo, é ESSENCIAL para ele.

 

Programas como salário mínimo decente, atendimento médico acessível, licença médica renumerada, e a tributação progressiva necessária para custear a infra-estrutura importante e necessária para a classe média como a educação, são ferramentas indispensáveis, que plutocratas espertos deviam abraçar para impulsionar o crescimento. Pois ninguém se beneficia dele como nós.

 

 

Muitos economistas os fariam acreditar que o campo deles é uma ciência objectiva. Eu discordo, acho que é tanto isso, como se fosse uma ferramenta humana para fazer valer e programar as nossas preferências e preconceitos sociais e morais sobre status e poder, e é por isso que plutocratas como eu sempre tiveram que encontrar histórias convincentes para dizer a todo o mundo porque é que as nossas posições relativas são moralmente correctas e boas para todos.

 

 

Como por exemplo “nós somos indispensáveis, os criadores de emprego e vocês não”; “Isenções fiscais para nós geram crescimento, mas investimentos em vocês vão inchar a dívida e levar o nosso grande país à falência”; “nós somos importantes, e vocês não”. Por milhares de anos essas histórias foram chamadas de Direito Divino, hoje temos a Economia das Migalhas.

 

 

Não é óbvio e transparentemente egoísta, isto?

 

 

Nós, os Plutocratas temos que entender que os E.U.A. nos fizeram a nós e não o contrário.

 

 

Que uma classe média mais forte é a fonte da prosperidade numa economia capitalista, não uma consequência dela. E nunca deveríamos esquecer que até os melhores de nós, na pior situação, estão descalços na beira da estrada a vender fruta.

 

 

Amigos Plutocratas, eu acho que é hora de nos dedicarmos ao nosso país novamente, nos dedicarmos a um novo tipo de capitalismo que é mais inclusivo e mais eficaz, um capitalismo que vai garantir que a economia dos E.U.A., continue a ser a mais dinâmica e próspera do mundo. Vamos garantir o futuro para nós, para os nossos filhos e netos.

 

 

Ou podemos não fazer nada. Escondermo-nos nos nossos condomínios fechados e escolas particulares, a curtir os nossos iates e aviões privados, são tão divertidos. E esperamos pelas forquilhas. Obrigado.”

 

Só a mim é que este discurso de 20 minutos, aqui transcrito faz sentido?

Creio que este texto é matemático, lógico e a história está aí para confrontar.

E se é verdade que evoluímos muito tecnologicamente nas últimas décadas, socialmente não estamos muito longe da idade da pedra.

E a europa, vai investir numa ideia à americana com valor humano, ou vai virar para o lado asiático com as consequências que já todos intuímos?

É mesmo inevitável? Ou podemos fazer alguma coisa?

Fica para reflexão geral!

 

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