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Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

O mundo muda, mas queremos continuar a aplicar as mesmas receitas (económicas)...

Sou apenas uma dessas pessoas que gosta de dar palpites. Não tenho “estrutura” nem conhecimentos para jogos nas altas finanças, mas sinto as suas consequências.

 

As coisas mudam. E é isso que não entendo!

 

Se as constantes crises económicas ocorressem, porque se tentaram novas fórmulas à procura de novas soluções, eu entenderia que se tratava de uma tentativa cujo resultado não se conhece e se experimentou (tentativa/erro). Mas não é isso que ocorre. Estamos constantemente a usar as mesmas receitas e esperamos que elas dêem resultados diferentes, e isso é preocupante.

 

O hábito é uma ferramenta humana que dá jeito para cumprir algumas tarefas, mas pode ser um verdadeiro empecilho que não permite enxergar soluções.

 

Agora é a crise na China, foi a crise de 1929, foi a crise de 2008, e por aí fora… Quase todas têm os mesmos ingredientes, sofreram os mesmos sintomas, e deram os mesmos resultados.

194601_ext_arquivo.jpg

 

 

O “Económico” descreve assim a receita na origem da crise Chinesa:

Bolha = juros baixos + liquidez alta + liberalização do mercado de capitais + incentivo das autoridades chinesas + investidores pouco sofisticados (mais ou menos a história de muitas outras bolhas).”

 

 Imagem no Site "R7".

Na crise de 1929 uma das medidas que se tomou para evitar cair numa nova crise foi controlar os “mercados de capitais” (“liberalização do mercado de capitais”).

 

 

Situação que viria a dar marcha a ré na década de 80, pela mão do Presidente Americano Ronald Reagan e a Ministra Inglesa Margaret Thactcher. E que culminaria na crise de 2008.

 

O que a mim me parece (ponto de vista de uma leiga, afectada por decisões alheias):

 

Mercados financeiros sem o justo controlo emprestam dinheiro sem critério a pessoas que não foram correctamente educadas e formadas (falta mais investimento na educação com qualidade). Estes investidores, com dinheiro e a sensação que a fonte não seca, faz as suas tentativas para o multiplicarem.

No caso dos pequenos investidores, o impacto é controlável. Mas, existe uma tendência de deixar crescer monopólios assentes nestes moldes, que quando caem não deixam buracos, fazem crateras (o papel político seria de grande utilidade para controlar estes fenómenos, se fosse bem desempenhado).

Dinheiro fácil faz com que se procurem soluções “aparentemente” fáceis, e com o marketing a ser mal gerido, faz com que nos esqueçamos do essencial e todos queiram fazer parte da grande máquina esquecendo pormenores importantes como a Natureza, o real combustível da nossa existência. Mais uma vez, faz todo o sentido ter governos, desde que estes mantenham o discernimento e equilibrem de forma adequada a forma como evoluímos e mantemos a nossa real fonte de vida. A agricultura teve um papel importante na crise de 1929.

Na altura, o desenvolvimento da agricultura na Europa tirou mercado aos agricultores americanos, desequilibrando o mercado financeiro.

 

Vamos olhar o mundo HOJE:

 

O salto tecnológico tem levado aos mais diversos pontos do planeta formas de se auto-sustentarem. Isso é bom. Isso é óptimo.

 

Mas o que estão a fazer os mercados financeiros e os governos?

Nada. Continuam a tentar manipular os mercados da mesma forma: assente na ideia que uns vão sempre ser dependentes dos outros. Isso não é verdade, e eu acredito que deveria ser feito um esforço para encontrar outros modelos económicos que funcionem mais no consumo interno e mercado único, do que no mercado externo (como hoje em dia, se nota pela obsessão pela exportação).

Outro erro que me parece desastroso é os povos sustentarem governos que não cumprem a sua função de manter o equilíbrio entre os vários sectores que compõem uma sociedade.

Deixar crescer monopólios, parece-me um tiro no pé a curto prazo.

Depois é preciso rever os modelos educacionais dos empresários. Deviam ser educados para procurar o equilíbrio e não apenas o crescimento.

Qualquer pessoa que esteja no mercado de trabalho, percebe os comportamentos obsessivos pelo crescimento, e o constante colocar em risco estruturas empresariais saudáveis atrás desse único objectivo.

Se hoje se vendeu 5 amanhã querem vender 6. E restringem-se a apenas a isso. Tomam decisões e definem estratégias com esse único objectivo. Onde está o erro?

Na falta de visão, que o mercado é um organismo vivo e vai mudando de vontades e necessidades.

 

Exemplo:

Imaginem uma empresa de aspiradores. Objectivo vender para crescer. Inundam todas as casas com aspiradores e ganham muito dinheiro. Até aqui tudo bem. Mas, o que a maioria não faz é ter um plano para quando tiver o mercado inundado de aspiradores.

Alguns criam novas versões do mesmo produto e tentam continuar a crescer, até que não possam mais e coloquem a economia das nações em perigo, com despedimentos massivos, falta de receitas fiscais e etc…

E até hoje não entendo como é que os governos tão “zelosos” com o ambiente, não actuam com multas ou outras formas de diminuir este lixo provocado pelo ambicioso crescimento empresarial.

O que esta empresa de aspiradores devia desenvolver era forma de fazer upgrades pagos, mas no mesmo aparelho. Desenvolver modelos de negócios na manutenção e sei lá que mais. E ser ambiciosa por ser sustentável e não pelo constante crescimento. Não ter apenas em consideração o dinheiro e aumento das vendas directas e sim formas de continuar a garantir a entrada de dinheiro, porque além de serem um negócio também tem uma função social. Todos temos. As empresas precisam do ambiente que as rodeia para existir e por isso deve cuidá-lo.

Onde eu trabalhei (antes que me perguntem por características de aspiradores deixem que vos diga que nunca trabalhei nesse sector), um dia, apenas um diazinho onde as vendas não crescessem um cêntimo era um dia negro, com toda a gente mal disposta, e os nervos à flor da pele. Não se agradecia, ou verificava se esse nível de vendas permitia que o negócio fosse sustentável. A única coisa com importância era: crescer.

 

Não vos parece uma visão demasiado pequena das possibilidades de um negócio, colocar todos a trabalhar no único objectivo “crescer” e, não se preocuparem nunca a ver se é “sustentável”?

 

O que acaba por acontecer é que essa “necessidade obsessiva de crescimento” é uma vaidade do líder que dá a cara. Colocam-se centenas de “escravos” a trabalhar, não para sustentar uma empresa que lhes permita sobreviver nesta vida, mas sim para que o seu “líder” possa aparecer na história como o “maior empresário”.

Acontece que as leis protegem este líder do caos total (permitindo colocar dinheiro em off-shores e garantir um estilo de vida se tudo correr mal), mas não protege os que trabalham na engrenagem da máquina que quer crescer e crescer.

 

O real problema?

Na economia quem lidera são alguns, mas quem a sustenta são milhões.

E quando esses milhões são atingidos ao mesmo tempo, a máquina cai.

 

O que fazer?

 

Procurar “novos modelos sustentáveis” neste mundo onde cada zona do planeta é cada vez mais auto-sustentável e funcionamos de forma cada vez mais global e não territorial.

E que os governos assumam de uma vez, o seu papel de equilibrar os sectores da sociedade impedindo monopólios, controlando os mercados financeiros, e garantindo a todas as sociedades: educação, saúde e justiça de qualidade.

Assim cada um de nós será uma mais-valia para a sustentabilidade do planeta e bons instrumentistas da economia e diminuiremos os desastres e o seu tamanho e impacto.  

 

Como é que isso se faz? Não sei. Mas com uma raça tão inteligente como a humana com certeza irão encontrar uma solução. Espero que não demore é mais um século, um milénio, dois, …

 

 

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