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Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

O desafio das Leituras!

Olá Marta, do cantinho http://marta-omeucanto.blogs.sapo.pt/.

Desta vez, respondo já ao desafio para que não me escape. Obrigada por se lembrar deste meu espacinho.

 

Foto no "Livros e Afins".

20141117-amor-e-leitura.jpg

Partilho a paixão da leitura convosco : leio por prazer, por obrigação, por tédio, por curiosidade, pela descoberta, pela oportunidade, para sentir, para evadir, para chegar, por razões especiais e por motivo nenhum. Gosto de ler.

 

Acho até, que depois da capacidade de falar, escrever (que depois é lido) é a segunda grande maravilha da Humanidade. Falar coloca-nos em comunicação com o outro no momento, o que escrevemos atravessa milénios proporcionando o contacto entre quem está e quem já partiu (pelo menos foi assim até há invenção de formas de gravar imagens e sons. O mundo evolui, mas a palavra escrita, permite uma reflexão imediata que a imagem distrai, e esse é o seu charme, que não passa de moda).

 

Reposta ao desafio:

 

  • ESTOU A LER: “Cem anos de solidão” de Gabriel García Márquez. Trata-se da história da família fictícia “Buendía”, que fundou uma aldeia a que chamou “Macondo” no coração da floresta colombiana. Confesso que a cultura sul-americana provoca fascínio em mim, e este livro percorre essa cultura com as suas fantasias, as suas crenças, as suas tragédias, as suas conquistas e conta-nos sobre esse povo através da história desta família ao longo de um século. Ainda não o acabei, porque é preciso gerir o tempo para que não falhe nada nesta vida, mas estou a adorar. Não é um livro complicado, mas requer alguma continuidade para que não nos percamos na árvore genealógica dos “Buendía”.

 

  • O MEU LIVRO FAVORITO QUANDO ERA PEQUENA: Quando era mais jovem eu devorava a colecção de livros “Os cinco” de Enid Blyton. Mais tarde fiz o mesmo com os livros “Uma aventura” das autoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. Tratava-se de livros cheios de aventuras e mistérios e eu não me limitava a ler, eu imitava-os. Tinha uma amiga lisboeta, cujo pai engenheiro tinha vindo para trabalhar na construção da antiga IP5, e ela é que me contagiou o gosto por estes livros, que eu ia buscar à biblioteca itinerante da Fundação Calouste Gulbenkian que passava na aldeia de 15 em 15 dias. E era ela também que me acompanhava na realização de “verdadeiras aventuras” pelos campos e ruas da aldeia. Aventuras cheias de imaginação à mistura, mas inesquecíveis.

 

  • ESTOU ANSIOSA POR LER: O que já está a aguardar vez prateleira é “O Amor nos Tempos de Cólera” do mesmo autor do livro que estou a ler actualmente, Gabriel García Márquez. Mas a lista de livros para ler é grande.

 

  • UM LIVRO QUE MUDOU A MINHA VIDA: Todos me enriquecem e nessa medida mudam a minha vida. Desde que aprendi a ler, que tenho mantido o contacto com a leitura, mas existe um livro que me mostrou que sou uma apaixonada. Esse livro é o “E tudo o Vento Levou” de Margaret Mitchell. Ele conta uma história mundialmente conhecida por causa do cinema. Foi o livro, que mais rápido li na vida. Eu não via a hora de virar a página, e virar, virar… O que primeiro me prendeu a atenção foi a protagonista “Scarlet O’Hara”, cuja descrição fugia muito das princesas Disney que nessa altura (e ainda hoje) nos eram vendidas como exemplos de comportamento a seguir. A Scarlet não é bonita apenas charmosa, não é delicada e submissa, ela é forte e mimada. E ao mesmo tempo que vamos aprendendo factos sobre a guerra civil americana, vamos acompanhando o percurso desta mulher quase detestável, que vai sendo o apoio de tantas outras personagens ao mesmo tempo que se vai apoiando também. Foi esta proximidade com a realidade onde nos vamos apoiando uns aos outros e onde ninguém é perfeito que me fascinou. Eu era uma adolescente, à procura de entender o mundo. O livro não me deu a resposta, mas apontou-me um caminho.

 

  • O MEU LIVRO FAVORITO PARA DAR COMO PRESENTE: Se é para oferecer depende muito do gosto da pessoa que o vai receber.

 

  • O QUE ESTÁ NA MINHA MESA: O livro que ando a ler "Cem Anos de Solidão". E na mesa do meu filho, várias histórias, porque somos assíduos visitantes da biblioteca e ele iniciou este ano a Primária (CP – Cours Préparatoire, que é esse o nome que tem em França, onde vivemos actualmente) e é preciso incentivar a leitura. Não tem sido preciso grande esforço, ele gosta. A lista de livros na sua mesa actualmente é:

 

  • “Chamalo, a peur de tout”, colecção “Chamalo” de Père Castor Flammarion (uma pequena história sobre o que nos pode provocar medo e as reais explicações);
  • “Le Roi Ulysse, face aux épreuves du retour”, da colecção “Il était une fois…” de Editions Belize(um resumo adaptado para crianças do livro “Odisseia” que relata o Regresso de Ulysses a casa depois da guerra de Troia);
  • “Bonne chance petite Rubis” , de Shirin Yim Bridges (história de uma das primeiras meninas que foram à universidade na China);
  • “Alba”, de Anne-Catherine De Boel (Alba é uma menina da savana africana que anda à procura do pai que foi para o ceù);
  • “Le Plus Brave de Tous les Ours”, de Allan Ahlberg (uma história divertida, que conta histórias a partir de outra história cujo fim não foi do agrado de uma das personagens, e vão-se contando várias histórias partindo de um enredo em comum, mas com visões diferentes dependendo de qual é a personagem que conta nesse momento).

 

Para manter o contacto com o português também vou lendo e relendo: a versão portuguesa do “Principezinho” de Antoine de Saint-Exupéry, “História do Rei Livro e da Princesa Palavra” da Elisa Costa (é uma delicia de ler), “O gato das Botas” de Ayano Imai, “O Tubarão na banheira” de David Machado, “A maior Flor do Mundo” de José Saramago, e dois livros da colecção “Geniozinhos” que não são apenas educativas para os mais pequenos como também ensinam os crescidos: “Professora, acho que tenho bicho-carpinteiro” e “O ùltimo a acabar”, ambos de Barbara Esham. Na próxima visita a Portugal livros novos em português fazem parte da lista: “Coisas a Trazer”.

 

EM JEITO DE DICA: Se mudarem para França e como eu não souberem falar francês, uma forma simples de aprender é ler histórias infantis simples e ouvir muita Tv, principalmente desenhos animados. A fonética francesa é “manhosa” e quando eles se colocam a falar no seu ritmo normal, eu não apanho uma. Neste programas eles falam mais lentamente e torna-se mais fácil perceber as subtilezas da língua. Claro que depois é preciso ir para a rua e praticar muito. Fica a dica!

 

  • ORGANIZO A MINHA ESTANTE DE ACORDO COM: Não tenho um método. Tento ter as colecções juntas, e depois talvez por tema quando gosto muito dos livros e por autor quando não gosto assim tanto. Também não tenho apenas um sítio para eles, andam por várias prateleiras da casa. E na casa de banho nunca falta um, que vai rodando.

 

  • ADORO LER, PORQUE: Creio que já respondi logo na introdução deste texto. “leio por prazer, por obrigação, por tédio, por curiosidade, pela descoberta, pela oportunidade, para sentir, para evadir, para chegar, por razões especiais e por motivo nenhum. Gosto de ler.

 

  • UM LIVRO DO QUAL NUNCA ME VOU SEPARAR:Todos os meus livros têm o seu toque de importância, por isso não me pretendo separar de nenhum. Os oferecidos e dedicados jamais me ocorreria tal coisa. Existe um especial: foi a minha irmã que o fez para o meu aniversário de 18 anos, ela tinha 12 anos. Pegou em folhas e fotos e montou a nossa história, enriquecendo-a com a forma como a sentia. O resultado é artesanal mas provocou lágrimas, e ainda hoje provoca a mesma emoção de cada vez que o releio. Esse é guardado numa caixa especial.

 

  • SE PUDESSES ENTRAR NUM LIVRO, QUE LIVRO ESCOLHERIAS? SERIAS A PERSONAGEM PRINCIPAL?: Pois gostaria de ser tantas personagens e viver tantas histórias. Essa é a magia de ler, poder viver algo que em apenas uma existência seria impossível. Gostava de ser o Edward Cullen de “Crepúsculo” de Stephenie Meyer (para amar e proteger o que amo com aquela intensidade), a Scarlet O’Hara de “E tudo o vento Levou”, pela força e perseverança com que segue apesar das adversidades, o velho Bolívar Proaño de “O velho que lia Romances de amor” de  Luís Sepúlveda, pela sabedoria paciente com que recebe os “chicos-espertos” e lhes mostra como se faz, o Phileas Fogg de “A volta ao Mundo em oitenta dias” de  Júlio Verne, pela oportunidade de viajar e conhecer o mundo, apesar que gostava de ter mais que oitenta dias, a Zé de “Os cinco”, sempre me imaginei sendo como ela de todas as vezes que imaginava estar a viver uma aventura, e outras tantas personagens que povoam essa histórias que tanto amo ler, e que me ensinam e me acrescentam mais um bocadinho de visão deste mundo e desta humanidade.

 

Espero ter correspondido ao desafio proposto, sem ter sido demasiado “apaixonada”. Além de ler, também gosto de escrever. Apesar de não ter muito jeito, quando me coloco a escrever, as ideias atropelam-se para saírem e se imprimirem na tela que acabo sempre com textos enormes.

 

VOU DEIXAR O DESAFIO ABERTO A TODOS OS QUE SE QUISEREM JUNTAR. (Espero não estar a quebrar nenhuma regra).

 

Antes de me despedir partilho aqui uma curta metragem sobre "o que nos inspira os livros". Chama-se "Os Fantásticos Livros Voadores do Sr. Morris Lessmore" do director Brandon Oldenburg. Encontra-se no canal Youtube de Samir Antunes:

 

Até à próxima, Marta e companhia.

 

 

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