Bem-vindo 2016!
Por aqui, a malta dorme depois de uma noite de festejos, e eu acordo com saudades do meu café e das minhas torradas com manteiga. Ligo o computador para dar a volta às notícias do mundo em português e uma coisa sobressai:
A qualidade da informação!? Ou a falta dela!
Os portais de notícias têm cada vez mais notas sobre redundâncias, assuntos repetitivos, avisos alarmistas e sem fundamentos claros, …
É o preço que pagamos por um serviço supostamente gratuito? (Pagamos a ligação à rede/net, assim como pagamos a taxa audiovisual).
A tv sempre foi realmente sustentada pelas receitas de publicidade, assim como são sustentados os grandes sites na net, e nem por isso a informação que a tv nos dava era de tão má qualidade, como a que encontramos na maioria dos portais! E faço ênfase no “era”, porque hoje em dia a má qualidade é a regra geral para tudo.)
Ou tratam-nos como “crianças caprichosas”? (Na busca do desejado "click").
Tem existido uma preocupação de orientar os pais para que aprendam a dizer “não” aos filhos, porque dar aos pequenos tudo o que querem ou acham que querem é prejudicial para a sua formação, é preciso dar-lhes também o que precisam mesmo que eles ainda não o saibam por falta de experiência de vida.
Mas, no mundo dos “media” faz-se exactamente o contrário: existe um esforço colossal em dar ao consumidor tudo o que ele quer ou acha que quer e isso é prejudicial para a nossa formação, correcta informação e mancha a nossa capacidade de formar uma opinião e agir de acordo, tornando-nos seres manipuláveis.
Tenho medo de um Mundo onde as pessoas são assaltadas com ideias como a de que as salsichas aumentam em 20 ou 50% as possibilidades de desenvolver doenças cancerígenas (não tarda vão aparecer no mercado "salsichas anti-cancro"!?), porque um suposto estudo assim o ditou, mas que nunca se fale de dados efectivamente comprovados por décadas de experiência na medicina de todo o mundo, como é o facto de que o tabaco aumenta essa possibilidade em cerca de 2500%.
A diferença é abismal e não é recalcada nos media, e isso faz com que tenhamos pessoas em pânico a cortar as carnes processadas da alimentação, a comprar tudo e mais alguma coisa que se diga que supostamente faz bem (consumo desenfreado e sem sentido real), e que depois fuma até às unhas, beba até ao coma, não respeita a sua própria natureza, não respeita ciclos de descanso e etc… Se querem falar de saúde, façam-no, mas façam-no bem! O assunto é demasiado sério para tanta falta de ética.
E este é apenas um dos muitos exemplos que poderia dar!
Começamos um novo ano, iniciamos a segunda metade de uma década, faltam-nos cerca de 5 quinzenas de anos para o fim do século, fica o meu desejo que a qualidade da informação deixe de ser tão “cor-de-rosa” e “tendenciosa” e passe a ser meramente informativa, porque com acesso a boa informação podemos formar boas opiniões e agir de acordo.
Talvez isso salve este Planeta ainda com vida!
Não quero ser tratada como uma “criança mimada”, quero ser tratada como uma pessoa adulta capaz de lidar com a realidade.
A malta começa a despertar por aqui, e eu deixo-vos com esta minha reflexão! Espero que vos sirva, se não pelo menos ficam a conhecer o que povoa esta minha cabeça (que também não vos serve para nada!).
O que realmente desejo não é um Bom Ano para cada um de vós, eu desejo um Bom Ano, uma Boa Década, um Excelente Século para todos nós! Bem-vindo 2016!