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Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

Uma vida de Cinema?

Olhando ao nosso redor é inevitável perceber que o cinema, principalmente o americano, tem uma grande influência na nossa vida, nos nossos hábitos e nas nossas escolhas. Vemos montras de lojas repletas de mochilas do “Frozen” , cadernos do “Frozen”, calças do “Frozen, creme de barrar o pão dos “Minions”, compotas de fruta do “Superman”, e ultimamente fomos invadidos pelos personagens do “Star Wars” a ilustrar tudo e mais alguma coisa. Não é necessário abrir uma revista, ligar a Tv ou o computador para darmos de cara com as influências do cinema, elas estão em todo o lado.

E não só fisicamente, elas também estão nos hábitos que influenciaram:

  • Fumar, por exemplo, foi um hábito largamente difundido pelo cinema e pelas suas “Estrelas” durante a guerra do Vietname e não só (mas o seu público alvo foram os soldados durante algum tempo) e pegou tão bem que ainda hoje tem milhões de seguidores;
  • Fazer da arte de apanhar uma bebedeira uma coisa “chic”, com as cenas lindas brindadas com um copo na mão da nossa “Estrela”;
  • Pablo Escobar usou este meio para fazer crescer o seu negócio de drogas, etc…

Nem tudo é assim tão negativo nesta arte, acredito que pode ter mais de positivo do que negativo, porque assim como os livros, mostra-nos mundos que jamais poderíamos imaginar e conhecer de outra forma, porque nos mostra situações que nos fazem pensar, reflectir e agir, e este é para mim o bom cinema! O bom do cinema! E não faço distinção de géneros, entre comédia, romance ou drama, o importante é a mensagem passar e ser recebida.

E é por isso que é importante o cuidado do realizador que nos conta a história e a educação do espectador que a visiona.

O realizador dita a qualidade do filme, a nossa conexão com o enredo e personagens dita o seu sucesso!

 

Mas acontece algo entre estes dois momentos, realização/produção e visionamento, que deturpa muitas vezes a mensagem: o marketing!

 

Produzir um filme custa caro e recorrer ao patrocínio é a solução, e isso influencia a liberdade da equipa do filme, porque vai ter de compensar o patrocinador de alguma forma. Essa forma normalmente é a promoção dos seus produtos e aí reside quase sempre o desastre.

 Imagem do site "ConcordeCinema".

usability-testing-uk-cinema-websites.jpg

Uma fotografia bonita num cenário de sonho, a música ideal, um casal apaixonado a trocar caricias acompanhados de um copo de vinho “x”, e a ideia que o vinho ajuda ao romantismo foi semeada.

Claro que isto não é assim tão literal, porque senão seríamos todos os que o visionam filmes, um bando de estúpidos. Mas, quando um filme e as suas personagens conseguem estabelecer aquele vínculo emocional que nos transporta para a acção (a magia do cinema), junto com a constante repetição e o ensurdecedor burburinho das redes sociais/imprensa mais a invasão de referências no mercado comum e rotineiro, acabam por realizar o seu objectivo: convencer-nos que aquilo que nos mostra na tela é o caminho para os nossos sonhos (mesmo que muitas vezes não saibamos bem com o que é que sonhamos).

 

Os mais jovens são o grupo mais frágil, porque ainda buscam a sua identidade e usam os modelos a que têm acesso para se inspirarem, até que se encontrem a si mesmos. Os pais deviam protegê-los. Não digo impedir que vejam, porque sabemos que o “fruto proibido é sempre o mais apetecido” e por mais controlo que os pais achem que têm, os “pequenos” arranjam sempre forma de o contornar. Digo, que partilhem com eles informação, que se eles vêm um filme onde um conflito foi resolvido com uma guerra, a seguir mostrem-lhe um filme onde o mesmo tipo de conflito foi resolvido com diplomacia, para eles entenderem que existem muitas formas de fazer as coisas e que existem formas mais correctas do que outras. Desta forma ensinar-lhes que o facto de “x” coisa existir, não quer dizer que seja boa, que o facto de alguém acreditar em “y” não significa que todos tenhamos de acreditar nisso.

 

Deve-se respeitar tudo e todos, apenas não tolerar o que atente contra a vida e a dignidade, seja a nossa ou seja a do outro. Esse é o único tipo de “intolerância” aceitável: não aceitar/tolerar o atropelo da liberdade alheia no que respeita à sua vida e dignidade! Tudo o resto deve e tem de ser respeitado.

 

Os pais deviam. Mas a maioria não faz esse exercício educativo, pelo contrário, muitas vezes alimentam o fanatismo: vejam as fortunas que se pagam para ir aos concertos da Violeta e outras “Estrelas” infanto-juvenis, ou a diferença de preço entre comprar uma peça de roupa sem marcas e alusões cinematográficas e uma peça com tudo isso, muitas vezes de pior qualidade de tecido e costuras do que a mais simples, mas muito mais cara e os papás compram. Se o podem fazer, fantástico, o problema é quando não equilibram a balança com outros valores.

 

E se é verdade que existem “Estrelas” que têm o cuidado de ter uma imagem limpa, que sirva de bom exemplo, outras fazem todo o contrário.

 

E a passagem dessas imagens "sujas e deturpadas" deve ser regulado, se os pais não o fazem, terão de intervir as autoridades. Não vale a pena continuarmos a fazer-nos de cegos, a fazer de conta que não existe uma real influência, ou que se resolve depois, porque continuar em negação não resolve nem ajuda ninguém.

 

O cinema exerce uma grande influência em nós Humanos e por consequência na sociedade onde vivemos.

 

Temos passo grande parte da nossa vida a imitar as nossas “Estrelas” preferidas: fazemos as nossas casas inspiradas nas delas, compramos a nossa roupa inspirados nas delas, bebemos socialmente inspirados nos seus costumes, falamos uns com os outros inspirados nas suas expressões, maquilhamo-nos inspirados nelas, lemos os livros que elas nos inspiram, e até educamos os nossos filhos para que um dia sejam como elas, etc…

Esquecemo-nos que elas não são assim como se apresentam, apenas seguem um guião. Esse guião, muitas vezes ditado pela Mão do Poderoso “Deus” Marketing, que através da imagem das suas “Estrelas” nos manda consumir: hábitos e coisas. Em nome da tão aclamada economia (essa que precisa de uma discussão urgente, porque de algum modo tornou-se mais importante que a vida humana. Isso pode ser? Não.)

 

Passamos a vida a imitar “Estrelas”, mas já paramos para ver como acaba a maioria?

 

Será que só eu é que associo a esta classe profissional, porque ser “Estrela” é uma profissão desculpem acabar com a vossa ilusão de que se tratava de algum tipo de divindade, mortes violentas originadas pela drogas com que tentam aliviar a solidão, suicídios, pobreza, etc…

Mas viveram intensamente antes de acabarem assim, dizem-me vocês! Será?

Viver intermitentemente entre o “Estrelato” e o mais evidente esquecimento, de depressão em depressão, a visitar constantemente os advogados para os processos de divórcio, ignorar a família quando a têm ao ponto de os filhos ainda serem mais problemáticos que os pais, não serem realmente donos do que usam, usar as drogas e o álcool para escapar da sua própria realidade, etc… é viver intensamente?

Não são todos assim, obviamente. Existem pessoas muito inteligentes neste meio, que souberam aprender com os erros alheios e fazer diferente, assim como nem todos os que vêem filmes se deixam influenciar cegamente, pelo contrário, usam a informação que obtém para se divertir e fazer melhor, mas uma lista enorme de “Estrelas” acabaram muito mal e muitos que vêem filmes seguem-lhes as passadas.

 

Todos os BONS PAIS querem o melhor para os seus filhos, por isso é preciso ensiná-los:

 

“A vida é para ser divertida, não irresponsável.”

Aprendam e ensinem a "imitar"!

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