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Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

SEMPRE COM O RABO DA PESCADA NA BOCA!

Creio que todos já nos perguntamos porque é que há tantos casos de cancro, sendo que não é uma doença contagiosa?

É verdade que não podemos culpar uma situação pontual como a desta notícia, mas a repetição constante destas situações, favorecidas pela cegueira das autoridades talvez não seja tão inocente.

"(...)Por outras palavras: o construtor não esperou pela licença e retirou terras – não sabemos quantas toneladas – sem as descontaminar e levou-as para qualquer lado.(...)

QUALQUER LADO? PORQUÊ? (Pode ser ao lado da tua casa e não sabes.)

"(...) Do ponto de vista do negócio, há uma boa razão para não esperar pela licença: dinheiro. Encaminhar uma tonelada de terras com resíduos não perigosos custa entre €35 (no caso de valorização material em cimenteiras) e €50 (se for tratada e levada para aterro). Se os solos forem classificados como perigosos e tiverem de ser encaminhados para um CIRVER (centro integrado de recuperação, valorização e eliminação de resíduos perigosos), esse valor sobe até aos €100 a 120 euros. Transportá-los para um aterro de resíduos inertes, como se de areia limpa se tratasse, custa €3 a tonelada – entre 12 e 40 vezes menos. (...)" (in VISÃO, http://visao.sapo.pt/atualidade/2019-07-20-A-ameaca-dos-solos-toxicos-a-saude-publica---e-como-as-empresas-os-remexem-ilegalmente)

Que fazem as autoridades pagas pelos nossos impostos e que não perdoam um imposto não pago por um ignorante legal e cidadão normal ?

Nada ou muito pouco. Diria o minímo possível para evitar perder que as empresas se fixem nos locais e evitar por outro lado perder votos.

Eu entendo. É verdade que entendo, as empresas trazem o dinheiro rápidamente (mesmo que seja de créditos bancários que mais tarde ou mais cedo vão ser pagos pelo zé povinho. Situação que vai enfranquecer mais a economia que chega e garante dignidade aos mais desfavorecidos. Digo desfavorecidos, mas na realidade deveríamos dizer aqueles a quem foram negadas oportunidades de se empoderar, ou as que lhes deram estavam contaminadas para evitar que se tirasse o lugar de poder aos que já o ocupam por tradição.)

E com estas cabecinhas que vivem no imediato, sem nenhuma visão de futuro é que se governa. E infelizmente não se pode dizer que é um problema português. É um problema de todos!

Vejam as estatisticas e como, onde o capitalismo ainda não assentou bases, os níveis de doenças por habitante não é tão grande. Mas, isso é porque não há bons registos nesses países, respondem vocês. Pode ser, mas as pessoas nesses locais têm esperanças de vida razoavelmente boas.

Vejam a China rural com pessoas saudáveis a viver longas vidas e a China urbana que começa a sofrer dos mesmíssimos males ocidentais.

Pelo menos, deveríamos repensar o modelo de capitalismo. Talvez seja o melhorzito que temos experimentado e aquele que garante melhor qualidade de vida de uma forma geral, mas não pode ser da forma selvagem como tem sido até agora. Os países têm feito esforços para aumentar as fiscalizações, mas é preciso continuar e reforçar. Os casos continuam a acontecer e nem todos aparecem nas notícias. A maioria conhece um ou outro caso, mas não pode fazer nada porque não se pode provar facilmente. Até as autoridades têm dificuldades, imaginem o Tio Zé da Esquina.

É preciso prevenir, impondo fiscalização de início. Obrigando a uma comunicação constante ou periódica com diferentes organismos e que impeçamos a corrupção fazendo com que estes mesmos organismos sofram auditorias públicas constantes. Só, com real transparência se pode minimizar abusos. E posso dizer que do pouco que conheço no mundo, Portugal está bem encaminhado. Tem muito que fazer, mas vai no bom sentido.

Enquanto isso, vão-nos tentando convencer que a solução para evitar os cancros está nas nossas mãos, que para isso basta viajar muito e comer abacate. E inevitavelmente continuaremos a ter de lidar com o sofrimento que essa longa e dura doença provoca. Com o agravante de que a medicina deixou de ser um acto de salvar para ser um negócio mais, onde se posso lucrar contigo façamos algo, se não vou ganhar nada desejo-te muita sorte porque não sou deus. (Há bons profissionais por aí, mas infelizmente recorro bastante ao sector para poder afirmar que muitos são demasiado bons empresários, mas péssimos médicos).

E na tv continuam os mesmos discursos de sempre, é preciso cortar, cortar e cortar porque o orçamento não dá. Corta-se em serviços do SNS, mas depois esse dinheiro é dado aos particulares. Sim, porque temos os mesmo direitos se fizermos a radiografia no hospital ou no doutor fulano de tal. Só os tempos de espera são diferentes. Por isso o Estado não está a poupar, apenas está a transferir onde coloca o dinheiro. Mas poupa em maquinaria e serviços, respondem vocês. A sério ? Acreditam mesmo que os empresários não cobram isso, no preço do serviço que o Estado lhes paga ? Cobram isso, mais a merecida taxa de lucro. Os únicos sítios onde existe poupança é nos salários pagos aos funcionários. Mas, baixos salários garantem a dependência e permitem abusos de quem possa pagar. E a manutenção do poder, exige que assim seja.

E se nunca há para o ensino universitário deixar de ser para uns quantos e poder ser para todos realmente, a verdade é que aparecem sempre uns euritos para injectar aos milhões na banca. Banca que DÁ dinheiro aos srs empresários, sem o minímo de fiscalização. Pensam que se ele pode pagar a conta do restaurante 5 estrelas, então pode pagar o empréstimo que está a pedir. Eu não sei se são inocentes, ou o facto de ser dinheiro dos outros que vai estar à sua responsabilidade apenas por um curto período de tempo, os faz "cagar-se" para a perda.

Esses mesmos empresários, serão os que depois em nome do lucro feito com o nosso dinheiro através da banca, vão e tratam terrenos contaminados sem qualquer cuidado.

E assim andamos com o rabo da pescada na boca. Até que deixemos de ocupar tanto tempo a ganhar para o smartphone e ponhamos a nossa atenção ao que os nossos eleitos realmente fazem com os NOSSOS recursos, que lhes foram confiados.

Até lá, todos de uma forma ou de outra serão tocados pela dor de lidar com uma doença que mata lentamente.

E rezemos, para continuar a contar com políticos com discernimento suficiente para ir dançando no frágil equilibrio, entre manter o tecido empresarial ao mesmo tempo que impõe as regras necessárias para que isso não continue a prejudicar a maioria.

Que os deuses nos livrem da sorte de alguns países que ultimamente têm posto verdadeiros palhaços no poder. Que mais não são, que bons entretainers e marionetas do poder oculto do capitalismo que através deles garantem os seus interesses nos territórios. Enquanto o povo se « diverte » a ver o que é que o palhaço vai fazer a seguir, os cordelinhos do interesse capital vai fazendo o seu trabalho. Quando o palhaço não servir aos que se aproveitam dele agora, vamos deixar de rir com aquilo que achamos loucuras de crianças alucinadas e sofreremos com aquilo que elas facilitaram aos que não deviam. REZEMOS.

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