"Me gusta el arte, no el bullying"
Reportagem que mostra como a educação parental pode fazer toda a diferença, na forma como os mais jovens são afectados pelo bullying.
O áudio está em espanhol, com sotaque argentino, mas (+/-) resumidamente, mostra o seguinte:
Juán foi entrevistado por uma tv regional em 2014 e com a sua voz de menino confessou que lhe gostava a arte.
As pessoas nas redes sociais não precisaram de mais, para fazer a festa, sem pensar por um momento que talvez as suas brincadeiras o pudessem afectar.
Por fortuna, a sua mãe fez um bom trabalho como educadora. Afastou-o dos excessos, trabalhou o assunto com ele, pôs-lhe os meios necessários à disposição, ensinou-o a retirar o positivo da situação.
Agora, ele não só fala do assunto de uma forma resolvida e segura, como continua a gostar da arte e a querer encontrar uma forma de vida nesse caminho.
Há um tempo, ouvi um actor brasileiro durante uma entrevista dizer, que o que o salvou do bullying escolar foi saber que em casa tinha apoio. Essas suas palavras marcaram-me e agora reiteram-se.
Não se combate o bullying apenas nas escolas, é preciso começar a fazê-lo a partir de casa. Em primeiro lugar, ensinando a respeitar o outro e a não julgar com precipitação. E em segundo, ensinando que o insulto só resulta se o insultado o aceitar. Insulto ignorado é insulto morto.
Também se pede aos adultos, que trabalham nas escolas, que não ignorem os pedidos de ajuda dos mais pequenos. O que vemos é que só dão atenção, quando o assunto já tomou proporções muito graves. Há que condenar as cadeias de insulto logo na base.
Pessoalmente, tem sido uma luta com as escolas, que me respondem constantemente coisas como "é normal entre rapazes". Não, senhores! Considerar normal algumas coisas, é alimentar o monstro. Não é preciso entrar logo com castigos, mas se virem não ignorem, eles sabem que vocês viram e não interferiram, e lêem isso como uma autorização para continuar.
Aos pais: pensem muito bem antes de subir imagens dos vossos filhos às redes, porque não podem prever a forma como serão usadas por outros e como isso poderá vir a afectar os vossos filhos. Fica só como alerta para reflexão.