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Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

VOLTAR AO ESSENCIAL...

De toda esta situação, que ocorre no mundo, fico-me com as palavras do presidente francês que nos convidou a VOLTAR AO ESSENCIAL, no seu último comunicado à nação.

Não sabemos para onde nos leva esta situação de um mundo quase economicamente paralisado e em pânico, com a ameaça de um vírus que chegou para arrasar. Mas, todos (ou quase) sabemos que como vínhamos, não íamos para um destino desejável. O mundo há muito que nos vai dando sinais de que o consumo desenfreado a que nos acostumamos, nos irá cobrar muito caro num futuro, não muito distante. Era preciso parar para reflectir e como diz o dito “quando não tomamos decisões na vida, a vida vem e toma-as por nós.” O universo, "enviou-nos" um vírus, situação que se tem repetido bastante na última década de uma forma menos abrupta, e obrigou-nos a parar.

Quem se encontra a trabalhar, com medo da sorte que lhes pode tocar durante o seu cruzamento com o público nas ruas, nas lojas, nos transportes, com certeza já percebeu que os métodos de trabalho parecem não se adequar à situação. São cadeias de fornecimento que se romperam, são incertezas que surgiram, são compras que já não se realizam.

O pessoal que de repente se viu em casa, a ter de produzir um trabalho de qualidade, muitas vezes a partir de um computador compartido com filhos que precisam estudar, voltou a sentir a necessidade de rever os conceitos de partilha, de paciência com o próximo.

A gestão de alimentos, perante o medo que as cadeias de fornecimento colapsem, volta a ser repensada. O pão que se punha fora sem nenhum dó, agora é guardado na esperança de o conseguir reaproveitar, ralando, torrando, congelando, etc...

Entretanto, o meio ambiente vai ganhando um pouco de fôlego, respirando menos fumo produzido pelas nossas constantes viagens de carro, pelo navio que nos trazia os abacates do México, ou o avião que nos fazia chegar as mangas do Brasil. Repensar e comer mais fruta local e de época, já é falado há anos, mas o consumo de fruta transportada em enormes veículos, não tem parado de aumentar. É com assombro que ouço no meu dia a dia, pessoas a discorrer em discursos de alimentação bio e saudável, com abacates e ananases nas mãos, em vez de azeitonas e maçãs, por exemplo. A natureza é tão inteligente, que se pararmos para pensar, todas as zonas do planeta estão naturalmente fornecidas com os alimentos necessários à sobrevivência da sua população local. Se fossemos bons a administrar, não precisaríamos de correr meio planeta com coisas daqui para ali o tempo todo, produzindo poluição por todo o lado. Somos nós os que complicamos a equação, por ganância. É preciso parar para reflectir.

VOLTAR AO ESSENCIAL, sem perder a qualidade de vida que conquistamos, vai exigir uma mudança de paradigmas, uma mudança no nosso conceito de qualidade de vida e conforto. Não temos de voltar à idade da pedra, mas com certeza já não podemos voltar a uma forma de consumo inconsciente, onde tudo é descartável, até as pessoas. Essa mudança, não vai ser produzida por governos, apesar de que estes possam impulsionar e contribuir para que se a faça nas melhores condições possíveis. Essa mudança só vai acontecer quando realizada por cada um de nós, nas decisões que tomamos todos os dias.

A economia, sempre arranja uma forma de tirar o melhor partido das circunstâncias que se apresentam, por isso não se deve temer. Se algumas lojas de roupa das grandes cadeias fecharem, com certeza, negócios mais pequenos vão surgir, aulas de faça você mesmo, etc... Se empresas de automóveis fecharem, logo outras soluções surgirão, assim como a fim da produção de carroças perante a entrada dos automóveis no mercado, não acabou com a locomoção das pessoas. “Nada se perde, tudo se transforma.”

Enquanto alguns dos que estão saudáveis, neste período crítico, podem fazer estas reflexões, precisamos agradecer a todos os que tentam dar alguma dignidade e salvar quem está doente. Tenho colegas na área da saúde, que estando a trabalhar se vêem impedidas de conviver com a família. É desanimador e, só por muito amor ao próximo se aguenta, não estar com quem se gosta. Esta situação está a exigir, para além de tudo o resto, que crianças fiquem privadas do saudável convívio com os pais, recordar-lo é importante, para que as nossas atitudes egoístas, não continuem a prejudicar terceiros.

Muito obrigada a todos os que no seu dia a dia se esforçam pelo próximo.

Por favor, sigam as consignas amplamente divulgadas e respeitem as quarentenas, ficando em casa. A tecnologia permite-nos não ficar na solidão, apesar da situação de confinamento. Os nossos avós, não contavam com esta vantagem quando as grandes crises apareciam. Devíamos ser gratos, por isso.

E mesmo que julguem que tudo isto se trata de uma conspiração, ou sei lá o quê, lembrem-se de que até terem provas irrefutáveis das vossas suspeitas, o melhor é proteger-se e proteger os outros.

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