O RESPEITO
Hoje fui testemunha de como se exige respeito e se traça limites sem recorrer a violência e outros espalhafatos.
A gendarmarie (polícia francesa equivalente à GNR em Portugal) nos dias de mercado na cidade costuma ficar a controlar o tráfego e assegurar a segurança dos pequenos junto às escolas.
Imagem do site Ville de Mazères
Hoje não foi excepção.
Alguns automobilistas estacionavam em segunda fila para deixar os filhos à porta da escola. O polícia dirigia-se respeitosamente e informava que não podiam fazer aquilo, porque impedia a circulação dos outros automobilistas. Aos que reclamavam respeitosamente da falta de parques, eles respondiam que deviam ter tido a preocupação de chegar mais cedo. E tudo corria normalmente.
Uma senhora foi abordada pelo mesmo assunto e da mesma forma. A diferença foi a resposta que deu.
Vira as costas ao polícia, diz qualquer coisa que não se entende e entra no carro. O polícia chama-a, e ela não responde. O polícia bate no vidro e ela ignora e arranca.
Faltou ao respeito a um agente de autoridade, no meio de outras pessoas que assistiam, e pensou que saía ilesa?
A "brincadeira" ficou-lhe cara.
O polícia sem se alterar, pegou no rádio e mandou bloquear a passagem daquele carro. Depois calmamente enquanto a senhora esperava, dirigiu-se a ela.
Disse-lhe o que lhe teria dito sem tanto alarido, se a senhora tivesse tido alguma educação, e passou-lhe a respectiva multa.
Em conclusão:
Todos os outros que estacionaram em segunda fila, saíram com o bolso intacto e um aviso.
Esta senhora pela incapacidade de ouvir: pagou multa, atrasou-se, e ainda teve de passar pela humilhação pública de ver a autoridade exercer a sua voz.
Imagem do Kdfrases
Pois é às vezes ouvir e pedir desculpas, é a melhor solução.
Mas o que mais me impressionou foi a falta de apitos, correrias, gritos, e outros espalhafatos. Afinal tratava-se de uma senhora. Mal-educada, mas senhora.