Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

Aerdna no Mundo?

A definição da palavra "mundo", não é restrita. A minha preferida, engloba os vàrios conjuntos de realidades concretas e imaginadas. Aqui veremos o mundo pela escrita de Aerdna.

Sobre adaptação e integração em novas culturas! Testemunho I – Elena Oliveira

Numa altura em que tanto se fala de “migrações”, achei que poderia ser interessante ouvir o testemunho de pessoas que saíram do seu país natal, e enfrentaram os desafios de se adaptar e integrar em culturas diferentes.

Esta arte de ir (emigrar) corre no sangue português, e eu sou herdeira dela. Neste momento, faço parte desse grupo de aventureiros que pelos mais diversos motivos partem para outras nações, e quero partilhar convosco o que é isto de sair do berço à beira-mar plantado e ir descobrir o mundo possível.

Convidei algumas pessoas, que gentilmente aceitaram deixar aqui o seu testemunho, e que mais uma vez agradeço a partilha.

Abrimos com o testemunho da Elena Oliveira, que sendo filha de emigrantes portugueses na Venezuela, escolheu voltar a Portugal para viver a sua vida adulta. Convido-vos a ler:

 

“Olá. Sou venezuelana e os meus pais são portugueses, coisa que adoro, pois fui criada com a mistura de culturas.

Eu costumava vir cá de férias, e aos poucos fui conhecendo gente cá da minha terra.

Ven-por.JPG

Decidi vir para aqui, pois mesmo achando que Venezuela em termos de paisagem é o país mais lindo do mundo, em relação a liberdade não o é. Não tinha aquela possibilidade de sair e ter os meus amigos de rua. Enquanto eu chegava aqui e andava de bicicleta, ia a festas e arraias e tinha os meus amigos.

Decidi mudar de vida quando acabei a escola lá, e vim para entrar na universidade, coisa que aconteceu logo. Assim que entrei, conheci uma miúda que hoje em dia é uma irmã para mim, e foi com ela que tive a integração na universidade.

Foram cinco estrelas comigo ao ponto que hoje, tenho amigos para a vida. Trato as pessoas conforme gosto que me tratem, por isso acho que tenho tido a retribuição.

Nestes anos descobri que a melhor coisa que um pode ter é a liberdade, que o resto vem por acréscimo. Haja saúde e vontade de trabalhar que o resto aparece. Portugal pode não ser um paraíso mas, temos liberdade, lugares maravilhosos, já fiz a minha vida cá, tenho casa, trabalho, os meus filhos. Um ritmo de vida doido, mas é assim que eu gosto. E mesmo com convites para sair de cá, eu já não troco este país.

Quero voltar à minha terra mas, agora só de passeio, para mostrar aos meus filhos onde nasci.

Vim com 17 anos, há 18 anos atrás. Costumo dizer que sou metade portuguesa e metade venezuelana, por isso choro, grito e indigno-me na mesma proporção com as saudades, faltas de respeito ou acontecimentos de ambos países, porque eu sinto que ambos países me pertencem como eu pertenço a ambos...

Em termos de tradições adoro música cantada em português e muitos músicos portugueses. Enerva-me ver programas de música ou concursos em que não cantam músicas portuguesas.

E só há uma coisa que não mudo por nada do mundo, no meu Natal tenho que comer “Hallacas” e não bacalhau.

Hallacas.JPG

Este é o meu prato de Natal: “Hallacas” com salada de galinha e pão de “jamon” (fiambre). As “Hallacas” são feitas com massa de “Arepa” e coloca-se numa folha de banana e depois recheia-se com um “guiso” (guisado) de carnes, fiambre, bacon, azeitonas, cenoura e outras coisas que não me lembro no momento. Enrola-se e coze-se na própria folha de banana.” - Texto e fotos de Elena Oliveira.

 

A Elena entre as muitas actividades que desenvolve na sua vida agitada, dedica uma parte à arte da pastelaria e ao artesanato. Para conhecer o trabalho que ela desenvolve podem visitar o seu blog "Coisinhas da Elena", ou a pàgina no Facebook (basta seguir os links, vão gostar). 

Fotos de alguns dos seus trabalhos:

11.JPG

 

Para ler também a primeira parte do testemunho de Andrea Abreu (França), clique aqui.

Para ler também a segunda parte do testemunho de Andrea Abreu (França), clique aqui.

Para ler também o testemunho da Ana Leão (Canadà), clique aqui. 

Para ler também o testemunho da Carla Tavares (Alemanha), clique aqui. 

Para ler também o testemunho da Carla Vieira (Alemanha e França), clique aqui.

Calendário

Setembro 2015

D S T Q Q S S
12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
27282930

Mais sobre mim

foto do autor

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub